domingo, 14 de dezembro de 2008

a palavra e a máscara

Fevereiro de 2007 eu passei na cidade maravilhosa fazendo aulas na CAL. Eu tava com uma vontade imensa de atuar em português. Eu só atuei em português quando menina, e aquela não sou mais eu. Só que foi bem na época da minha paixão doida pelo teatro físico. Resultado, acabou que fiz várias aulas ligadas à fisicalidade, e quase nada à palavra.
Eu me pergunto sempre que liberdade sensacional seria expressar o texto na minha língua mãe! Quantas nuances mais, quantos duplos-sentidos e quantos sotaques e tiques de classe social deixariam de me escapar e coloririam minha expressão de mais complexas formas humanas?
Ou não. Há uma professora minha que disse que talvez eu também use o idioma como uma máscara. Que seja talvez mais fácil eu desnudar a alma me escondendo atrás do inglês.

3 comentários:

Costurada para dentro disse...

É... o teatro físico e a "sindrome de Pequena-Sereia": se fala não anda, se anda não fala... Também padeci (padeço) desse mal... rsrsr.
Esse ano fiz um trabalho com um diretor que achou e colocou o dedo bem certinho na ferida. Acho que foi bom.
Um forte abraço, e obrigada pela visita.

Costurada para dentro disse...

Rsrsrs... tinha visto sua visita no meu blog, mas não o comentário sobre o texto.
Obrigada!
Escuta, você tem orkut? É o jeito que as pessoas que estão longe umas das outras têm encontrado para manter contato, não?
O meu é http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?rl=ls&uid=5240196903249503513
Abraço!

Marcel Land disse...

A pergunta que não quer calar...prefere atuar em inglês ou português?