terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

tentáculos da globalização

Deliguei a televisão assim que o Oscar foi pro Slumdog.

A indústria do cinema americano deu seu maior prêmio a um filme indiano feito por britânicos.
Como bem disse meu marido, se queriam premiar Bollywood, então que premiassem Bollywood e não uma turma de ingleses.

E ter ganho melhor roteiro adaptado também... que puta injustiça. O filme é divertido, mas cheio, tapado, amontoado de clichês.

Tem gente que disse que o filme é 'feelgood'. Nem achei tanto isso. Me diverti no cinema, não nego. Mas levar tanta estatueta.... me aborrece profundamente.

Anyway, este fim de semana, eu que não sou do samba consegui curtir um Carnaval na neve. Super divertido, com dançarinos a rigor, música ao vivo, DJ, confete e serpentina.

O Logan Auditorium parecia um clube normal de qualquer cidade brasileira com seu baile de carnaval, bem como eu me lembro, exceto que sem baixaria. E tinha vários gringos, de todos os continentes, curtindo lá também. Ouvi Russo (ou seria Ucraniano?) na fila do banheiro, vi Africanos apreciando as festividades, americanos arriscando passinhos e orientais tomando caipirinha.
Teve marchinha, funk, regaton, sambaraegge, pagode baiano...

Tava tudo de bom.

E pra entrar na brincadeira eu botei uma peruca loira - herança da Matilda do Enrico IV que fiz em Junho passado.

Metade dos meu conhecidos não me reconheceu. Aliás, nem eu! Eternos dois segundos se passaram até eu me dar conta que era eu mesma quando vi essa foto:




Dos desfiles vi pouquíssimo. A gente tem a tradição de sempre acompanhar alguma coisa via G.lobo internacional. Este ano, como em todos, fizemos um prato brasileiro, abrimos uma cervejinha e ligamos a TV na segunda-feira de Carnaval.

Mas não foi pra olhar o Rio... o Rio até veio depois, mas primeiro veio o L Word que a gente grava no Tivo.

O prato era um escondidinho de frutos do mar. Botei até dendê na mistura de camarão com lula e scallops. Os 'frutos' do mar vinham bonitinhos, limpos e congelados num mesmo pacote. O camarão era da Tailândia. O scallop, do Chile. E a lula, do Vietnã. Eita globalização culinária!!!

Como disse meu marido, "os bichinhos só se conheceram depois de mortos".

Meu marido está virando meu guru de plantão.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

De volta, mas aos poucos

Horror dos horrores! Estou há quase um mês sumida do meu blog!
Eu deveria ter colocado uma plaquinha, do tipo "Já Volto" pra avisar do meu sumiço.
Passei três semanas no Brasil e voltei fazem três dias apenas. Foi uma maratona envolvendo quatro estados e muito pouco computador. Eu realmente fiquei offline, e apenas conferia emails nas parcas oportunidades que se apresentaram em obscuras lan houses por aí.
Em termos culturais a viagem incluiu dois espetáculos: "Sexo Verbal" no Casarão do Belvedere em São Paulo, e "A mulher que escreveu a Bíblia" - com a sensacional Inez Viana - no Rio.
Vou blogar com carinho sobre os dois na sequência, só não queria deixar o blog parado mais um dia à espera de uma atençãozinha qualquer.
Também aproveito pra comentar que a passagem da Companhia Triptal por Chicago continua dando o que falar.
Acabo de receber a Performink, publicação especializada da indústria do entretenimento aqui na cidade, e lá está uma foto da peça que eu assisti, bem na capa!
O trabalho cuidadoso e inusitado do staging dado pelo diretor Andre Garolli é mencionado como "brilhantes reimaginações" das peças de O'Neill.
Agora com a nova reforma ortográfica, me pergunto, esta minha invenção traduzística, reimaginação, fica com ou sem hífen???
:O