sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

corte brilhante


TERMINEI!!! Terminei minha primeira peça completa. Ficou meio curta, com 45 páginas, mas acredito que renda um tempo de montagem de uma hora pelo menos, dependendo do diretor.

Estou feliz, orgulhosa, bem boba mesmo.

Quando vi a impressora cuspir a página-título, cheguei a chorar de emoção, e segurei meu texto no colo com o cuidado de quem recebe nos braços um recém-nascido... Meu bebê.... meu script.

"Brilliant Cut" é o nome dessa comédia que envolve um bicho empalhado, uma rede de ladrões de artefatos de museus, um par de gêmeas, corações partidos e uma sacolinha de diamantes.

Como faço parte do playlab (laborátorio de dramaturgia) do Teatro Luna, a peça vai ganhar uma leitura de mesa oficial, aberta a convidados no final de Fevereiro. Daí em diante... vou fazer as mexidas necessárias e começar a batalhar pra ela ser produzida.

Se a receptividade for boa, acho que eu arrisco uma versão em português, só vou ter que encontrar um animal brasileiro que seja um bom substituto para um raccoon!!!

O próximo projeto é sentar e escrever umas páginas para concorrer no festival de dez peças em dez minutos para celebrar os dez anos do Teatro Luna. Tenho que entregar minha proposta até 9 de fevereiro - aaaaaaaaaahhhhhhhhh! Socorro! Se for escolhida, vai ter cast, diretor e encenação garantida em junho desse ano.

E, é claro... eu tendo de cumprir um deadline sempre me leva a ser criativa com outras coisas... Agora não consigo parar de pensar numa nova peça, nada a ver com o projeto de dez páginas. Essa vai ser longa com três casais cuja história vai precisar de dois atos pra ser contada.

Foco Petrucia!

Concentre-se mulher!

Por que é tão difícil a gente terminar uma coisa para aí sim começar outra?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

eu não peço desculpas

pois nem adianta. Ando calada mesmo. Como falei antes, o fim do ano foi complicado. Doismilenove me destroçou com suas garras e não me largou até os últimos segundos do dia 31. Mas agora chega! Bola pra frente.
Aos poucos colo com cuspe, papel machê, tenaz e chiclete meus pedacinhos partidos. Me recomponho e vou me transformando em quem eu tenho de ser.
Afinal, não é pra isso que servem esses aparentemente intransponíveis obstáculos e quedas da vida adulta? Um impulso para desabrocharmos nas pessoas ainda mais fantásticas que temos de nos tornar? Com uma colorida e única história pessoal, com todos os elementos que nos tornam mais ricos e mais humanos?
É isso.
Aceito e recebo minha história como ela se revela pra mim. Faço limonadas e omeletes enquanto tramo e teço grandes mudanças para 2010.
A neve cai com fúria. O que parece impossível, já que neve é doce, lenta e suave, mas abafa os sons como só ela. O manto branco cobre a cidade e os fios de luz. O raspar das pás limpando as calçadas é o único som quebrando o silêncio pesado dos flocos.
Nesse silêncio externo, busco a minha clareza para terminar uma história e começar outra. Estou falando de peças, estou falando de teatro.
Tenho até semana que vem para concluir um script que comecei a escrever em março passado. E até fevereiro para escrever uma peça curta de 10 minutos para concorrer num festival.
Mãos ao teclado!
Dedos ágeis feito beija-flores beijam teclas derramando na tela as imagens palavras que borbulham dentro de mim; enquanto minhas gatas imploram minha atenção entre colos e miados que não atrapalham, mas sim aliviam e nutrem meu trabalho com esse afeto tão especial e tão inexplicável que só acontece inter-espécies.