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segunda-feira, 8 de março de 2010

Oscar 2010

Eu agradeço à Academia, aos meus coleguinhas de jardim de infância, ao caseiro da minha avó e à senhora que fez uma oração por mim dentro do ônibus Linha 620 em dezembro de 1993.

Todos os anos tem um mall em downtown que monta um stand contando a história da famosa estatueta que é fabricada em Chicago e enviada a L.A. para a cerimônia todos os anos.
Dessa vez, decidi conferir e, depois de passar pelo tapete vermelho, não perdi a oportunidade de de ser fotografada segurando um Oscar de verdade.
E sim, a estatueta pesa mesmo!!!!
Para a cerimônia de entrega dos prêmios, fui na Oscar party de um casal de amigos. Os dois são super ligados em história do cinema, fazem tiradas ácidas sobre os vestidos das famosas e, depois, um marido consola o outro durante o clip de homenagem aos que se foram, suspirando juntos pelas saudades que vão sentir dos grandes nomes.
Dependendo da companhia, Oscar aqui é como futebol no Brasil. Quando ganha alguém que eles querem, em vez do favorito da hora, todo mundo salta do sofá, aos gritos e abraços.
E foi assim mesmo celebrada a grande vitória de Kathryn Bigelow por Hurt Locker; aliás o grande vencedor da noite.
Eu também me emocionei por assistir ao vivo ao primeiro Oscar dado a uma diretora mulher. E por um filme de guerra! Prova irrefutável do quão passé é esse sexismo que insiste em afirmar que mulher só escreve sobre dramas domésticos.
E Hurt Locker também arrebatou melhor filme. Eu ainda não vi (um vexame, eu sei!), mas tenho certeza que deve ser muito melhor do que Slumdog Millionaire que eu não conseguir engolir.
Eu amei Avatar de paixão. Fui ver duas vezes e achei certo que era o queridinho também da Academia.
Enquanto todos vibravam, gritavam incrédulos de alegria pela vitória de Bigelow sobre Cameron, eu continuava sentada, boquiaberta. Também pensei imediatamente no que isso significa para ela, essa vitória sobre o ex-marido. Ele pareceu bem feliz no momento em que foi anunciada a vitória do filme dela. É comum quando um casal compartilha uma mesma profissão, que a mulher viva à sombra do marido, e desabroche artisticamente sendo muito mais notada depois que separa. Fiquei pensando nisso.
Esse foi quiçá meu último Oscar doméstico, como bem frizaram meus amigos, e eu fico grata de ter presenciado um momento histórico ainda em solo nacional.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

tentáculos da globalização

Deliguei a televisão assim que o Oscar foi pro Slumdog.

A indústria do cinema americano deu seu maior prêmio a um filme indiano feito por britânicos.
Como bem disse meu marido, se queriam premiar Bollywood, então que premiassem Bollywood e não uma turma de ingleses.

E ter ganho melhor roteiro adaptado também... que puta injustiça. O filme é divertido, mas cheio, tapado, amontoado de clichês.

Tem gente que disse que o filme é 'feelgood'. Nem achei tanto isso. Me diverti no cinema, não nego. Mas levar tanta estatueta.... me aborrece profundamente.

Anyway, este fim de semana, eu que não sou do samba consegui curtir um Carnaval na neve. Super divertido, com dançarinos a rigor, música ao vivo, DJ, confete e serpentina.

O Logan Auditorium parecia um clube normal de qualquer cidade brasileira com seu baile de carnaval, bem como eu me lembro, exceto que sem baixaria. E tinha vários gringos, de todos os continentes, curtindo lá também. Ouvi Russo (ou seria Ucraniano?) na fila do banheiro, vi Africanos apreciando as festividades, americanos arriscando passinhos e orientais tomando caipirinha.
Teve marchinha, funk, regaton, sambaraegge, pagode baiano...

Tava tudo de bom.

E pra entrar na brincadeira eu botei uma peruca loira - herança da Matilda do Enrico IV que fiz em Junho passado.

Metade dos meu conhecidos não me reconheceu. Aliás, nem eu! Eternos dois segundos se passaram até eu me dar conta que era eu mesma quando vi essa foto:




Dos desfiles vi pouquíssimo. A gente tem a tradição de sempre acompanhar alguma coisa via G.lobo internacional. Este ano, como em todos, fizemos um prato brasileiro, abrimos uma cervejinha e ligamos a TV na segunda-feira de Carnaval.

Mas não foi pra olhar o Rio... o Rio até veio depois, mas primeiro veio o L Word que a gente grava no Tivo.

O prato era um escondidinho de frutos do mar. Botei até dendê na mistura de camarão com lula e scallops. Os 'frutos' do mar vinham bonitinhos, limpos e congelados num mesmo pacote. O camarão era da Tailândia. O scallop, do Chile. E a lula, do Vietnã. Eita globalização culinária!!!

Como disse meu marido, "os bichinhos só se conheceram depois de mortos".

Meu marido está virando meu guru de plantão.