segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

saindo da toca



Hoje tive que praticamente desenterrar meu carro para poder sair na neve. Assim são os perrengues do inverno.


Ontem no entanto, levamos minha cunhada e sobrinho para visitar Milwaukee. A gente adora levar visitas lá por causa do fantástico, fabuloso, incomparável prédio do Milwaukee Art Museum, projetado pelo meu arquiteto favorito: Santiago Calatrava.
O museu em si é uma obra de arte.
Esta vista ficou meio 'branco sobre branco' (ainda mais contando o meu casaco), mas geralmente a visão do museu é mais impactante, com um céu azul atrás e um lago Michigan menos congelado.
As asas do teto do prédio são na real uma estrutura móvel que abre e fecha regulando a luminosidade e o calor internos. Tem até nome, as famosas asinhas, 'Burke Brise Soleil'.
As formas e a cor me remetem a gaivotas ou um barco, o que integra perfeitamente com a localização. A construção é tão orgânica e sensorial, que me sinto num templo sempre que entro lá.



Na entrada tem uma obra do Chihuly, um artista que faz coisas geniais em vidro. Ele é craque em fazer interferências em espaços não convencionais, como estufas de plantas ou muradas e jardins de castelos europeus. Sempre que vejo uma peça dele, não consigo deixar de sorrir.
Me traz uma alegria ver tanta cor em formas que lembram coisas de infância, canudinhos, balões torcidos, minhoquinhas coloridas...
Mas o preço não tem nada de lúdico. Em Las Vegas, dentro do Bellagio tem uma loja dele. Um prato-flor - daquelas peças que a gente colocaria numa mesa de centro - com uns 20 cm de diâmetro custava mais de quatro mil dólares. Mas, quem sabe, um dia eu possa ter um Chihuly em casa.

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