Green Room é o termo usado em inglês em referência a salinha que fica nos bastidores de um teatro onde ficam os performers quando não estão no palco. Ela pode fazer as vezes de camarim, mas é em geral um lugar para retoques e breaks.
Segundo a wikipedia, a origem do termo que mais faz sentido vem do tempo do teatro Shakespeareano, quando os atores faziam sua preparação em uma sala cheia de plantas e arbustos, já que a umidade seria benéfica às cordas vocais dos artistas.
A minha primeira green room foi dentro do Chicago Actors Studio, minha primeira escola, que tinha também um teatro com capacidade para 80 pessoas.
Além de usar a sala na preparação de exercícios de cena, a escola apresentou um festival que apresentava todas as noites 3 peças de um ato.
A nossa green room era também camarim, e eu adorava ficar ali com meus colegas (da minha ou das outras peças) repassando texto, colocando maquiagem e falando besteira.
Esta foi justamente a minha estréia num palco.
Antes disso eu apresentava um programa de televisão a cabo em Porto Alegre, que casualmente também chamava Palco. Eu sempre me divirto com esta ironia do destino.
Mas, diferente da televisão, que também lida com público, a intimidade de um teatro traz uma verdade quente, a reação da platéia está ali na sua cara, para os seus ouvidos. Não há disfarce nem fuga. Bem diferente do filtro de uma câmera através da qual a gente tenta chegar em quem está do outro lado.
Eu já fui viciada em trabalhar com televisão, especialmente quando eu fazia ao vivo. Talvez por isso o rush de adrenalina de estar num palco me faça sentir tão viva, com todos os nervos à flor da pele, pronta para qualquer imprevisto, atenta a todos os movimentos e palavras num raio de pelo menos 15 metros.
Quantas vezes na vida podemos dizer que estamos assim inteira e intensamente presentes em uma situação?
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